História da hipnoterapia
(seção 'Dúvidas frequentes / saiba mais')

Embora os termos “hipnose” e “hipnoterapia” tenham sido criados apenas no século XIX, os estados hipnóticos têm sido explorados há milênios em diversas culturas antigas ao redor do mundo. Na época do antigo Egito, a hipnose era conhecida como "sonambulismo provocado" e era utilizada principalmente como forma de adivinhação e para tratar doenças mentais.

Os egípcios acreditavam que a hipnose era um estado de transe em que o indivíduo era capaz de ter acesso a informações ocultas e a conhecimentos divinos. Por isso, a hipnose era muito utilizada pelos sacerdotes e pelos curandeiros como forma de adivinhar o futuro e de curar doenças mentais.

Os egípcios utilizavam diversas técnicas para induzir o transe hipnótico, como o toque, a música e a dança. Eles também utilizavam plantas medicinais e ervas para ajudar a induzir o transe.

A hipnoterapia em tempos atuais

Os primeiros registros modernos da utilização da hipnose como terapia datam do século XVIII, com o médico alemão Franz Anton Mesmer.

Mesmer acreditava na existência de "fluidos magnéticos" que percorriam o corpo humano e que poderiam ser manipulados para tratar doenças. Ele utilizava técnicas de magnetismo e hipnose para curar os pacientes, e ficou conhecido como o "pai da hipnose". No entanto, suas teorias foram amplamente criticadas pela comunidade científica da época e ele acabou sendo considerado um charlatão.

No século XIX, o cirurgião escocês James Braid desenvolveu uma teoria mais científica da hipnose, a qual ele chamou de "neuro-hipnose". Braid acreditava que a hipnose era um estado de concentração profunda que permitia que o indivíduo tivesse maior controle sobre as suas próprias funções corporais e mentais. Ele utilizava a hipnose como anestésico durante as cirurgias e também como tratamento para a histeria e outras doenças mentais.

No final do século XIX, o psicanalista Sigmund Freud incorporou a hipnose em suas terapias, mas acabou abandonando-a em favor da técnica da associação livre. No entanto, ele deixou um legado importante na hipnoterapia, pois foi o primeiro a utilizar a hipnose como forma de explorar o inconsciente dos pacientes.

No início do século XX, o médico francês Jean-Martin Charcot também utilizou a hipnose como tratamento para a histeria e outros transtornos mentais. Ele foi um dos primeiros a utilizar a hipnose em conjunto com o método psicanalítico de Freud.

Milton Erickson, considerado o "pai da hipnose moderna", foi um psiquiatra americano que desenvolveu uma abordagem mais natural e indireta da hipnose, utilizando sugestões subliminares e metáforas. Erickson foi um grande influenciador na hipnoterapia e suas técnicas são utilizadas até os dias de hoje.

Outro importante nome na história da hipnoterapia é Dave Elman, um médico americano que desenvolveu uma abordagem rápida e eficaz para a hipnose, conhecida como "Hipnose Indutiva Rápida". Elman foi um dos primeiros a utilizar a hipnose como tratamento para a dor crônica e outros problemas de saúde físicos e emocionais.

O trabalho de Elman se consolidou a partir de seu principal discípulo, Gerald F. Kein, que sistematizou o processo terapêutico a partir da hipnose, criando os pilares do que hoje se chama hipnoterapia. Kein fundou a Omni Hypnosis Training Center (sediada em Volketswil - Suíça), instituição de desenvolvimento de protocolos e treinamento de hipnoterapeutas em todo o mundo.

Nota

Esta seção é destinada ao esclarecimento de dúvidas sobre hipnoterapia (hipnose clínica) e as principais doenças e transtornos tratáveis por esta modalidade terapêutica. Veja abaixo alguns temas já abordados.

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